Tomo I, Causo II: A História do café ‘Cuado’.
Emprestado a outra instituição, fui a uma Unidade desta, pois seria necessário verificar cabeamento, aterramento, etc., uma das minhas atribuições no novo local de trabalho.
Levei meu equipamento (multímetro, chaves, disquetes (é o novo!), etc.).
Íamos passando, eu e colega de trabalho e da tarefa, quando ouvimos conversa, próximo à cantina, mui acirrada, algumas pessoas claramente alteradas, numa algazarra só.
Um dos contendores, Sabino, fulo, possesso, alegava não mais tomar café nem fazer qualquer tipo de refeição no espaço cito, pois tinha surpreendido o taifeiro fazendo sexo por entre as grades da cantina??!!
Ele, testemunha ocular da inusitada cena, havia visto e a descrevera, para deleite de uns, asco d´outros, com requintes de detalhamento.
Num certo momento, Sabino vociferou:
— “Nunca mais tomo café nessa p&hra“.
Eu intervim. Disse-lhe, em tom severo:
— “´Pera aí, Sabino. Você não está sendo justo. Não é você que sempre diz que adora café ‘cuado’ (Sic!)?”.
Caprichei na prosódia, para ficar bem claro o trocadilho infame. Risadaria incontrolável. Todos rindo, inclusive Sabino, totalmente ‘desarmado’, sem qualquer condição de retomar o acirramento, quando me disse:
— “P&hra, Morvan. É impossível falar sério contigo.”.
Um dia, já em minha Repartição, ele me vê, ri e diz:
— “Morvan. Lembras-te de mim; e da história do café?“.
Assenti, com um sorriso. Ele me falou:
— “Devo-te um favor. Estava tão alterado que seria punido, certamente. Desarmaste toda a confusão.“.
Agradeci a ele, disse que adoro café, mas prefiro solúvel; nada de café coado. Nova risadaria.
Obs: o nome Sabino é fictício e visa a proteger a privacidade da pessoa envolvida.