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Dilma, Dia 13, Vamos Ás Ruas. Coração Valente, Vem Com A Gente!

Dilma Roussef EleitaEm 2008, em roda de amig@s, regada a cerveja e, claro, muita discussão, sobre tudo, mormente sobre política, começáramos a discutir a sucessão de Lula, discussão ainda contaminada pela “isca” da direita, que não parava de instigar Lula a “venezuelizar” a sucessão, revirando a virada de mesa da reeleição e amealhando mais um (e quem sabe outros) mandato[s]; Lula, claro, sabiamente repelia os acenos da direita, tanto por respeitar as regras de então, como por saber se tratar do álibi para o golpe judiciário da direita n´ativa. O nome de Dilma Roussef foi evocado, por mim, ante a estupefação de todos. Quem era esta? Ninguém a conhecia. Eu havia lido, em sítios “limpinhos“, sobre a preparação de Dilma, pelo próprio, para o embate, não sem ter que suportar a graça dos calunistas, dizendo, via de regra, que, desta vez, os trinta por cento históricos do PT poderiam não se concretizar, dada a falta de consistência da candidatura.

A partir daí, já conhecemos os meandros que a levaram a ser a primeira mulher eleita Presidente da República brasileira (e a ser reeleita, graças a este câncer institucional chamado reeleição, obra da UDN, Secção brasileira, FHC, CEBRAP, IBAD, etc.). A partir do início do jogo sucessório do primeiro mandato, até a campanha propriamente dita, conheceu-se aquela Dilma estereotipada pela direita e pela coalizão que a elegeu: a terrorista, com ficha falsa e tudo,  e a “guerreira”, como a coalizão a vendeu à opinião pública.

Mas, afinal, quem é mesmo Dilma Vana Roussef. É terrorista, é guerrilheira, guerreira, coração valente, Estela, Wanda? Todos; nenhum dos vocativos lhe cai bem?

Com o país envolto no mais acirrado dos terceiros turnos, com a oposição ciosa de uma brecha, de qualquer natureza, para pegar um atalho e voltar ao controle do espólio estatal, seria uma boa hora para a Dilma verdadeira aparecer; não aquela caricatura de Presidente que, no Dia Internacional da Mulher, que fez de tudo, menos Política (caixa intencional), não se sabe se de forma autóctone ou reverberando as ideias dos seus presumíveis oráculos, e, como um elefante numa piscina, entornou tudo, literalmente. Um desastre comunicativo, com perdão da licença poética.

Presidente Dilma, ficou patente que a estratégia de se esconder, como avestruz, só agravou tudo, só mostrou aos abutres a sua tibieza. E os predadores detectam o menor fraquejo e miram, sempre, os mais fracos. Tem sido assim sempre. Qual a parte que a Presidente, democraticamente (em termos: imiscuição de atores espúrios na eleição estão aí, tanto o capital quanto a violência simbólica da mídia hegemônica, a céu aberto) eleita pela maioria do nosso país, bem como suas eminências diáfanas, não entenderam, ou entenderam e este é o jogo? Saia da toca, coração titubeante. Faça Política, pois só a Política pode resolver sequelas da política e da Política.

Muitos cavalos encilhados passaram, mas há ainda tempo, pois nunca é tarde para quem quer mudar. Comecemos com uma boa reforma ministerial. Este Ministério, que fora o primeiro capitular para o PIG e para os interesses exógenos, não vai resolver. Vamos tirar os Levys e os quintas, que todos conhecem. Vamos compor com Ciro, Wagner, Genro, Requião e outros do campo dos que amam e lutam pelo bem deste honorável país. Vamos para a rua; vamos encampar a luta com o povo. Conversar com as pessoas. Desautorizar as mídias globais da vida a criar insegurança institucional e a colocar o povo contra as próprias conquistas advindas dos Governos populares. Informar. Contrapor.  Fazer as reformas eternamente adiadas. A hora é esta e o prazo está se esvaindo.

Dia 13, estaremos na rua, em defesa da Petrobrás e do Estado brasileiro. Queríamos muito que a Coração Valente estivesse conosco. Mas, iremos. Ponto.

Por fim, relembro a parábola da águia que fora criada como galinha. Com qual destes arquétipos a sra. Estela quer ser lembrada pela história, Dona Dilma?