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Faleceu Fidel (O Homem); Sua História, Sua Luta, Perdurarão!

Faleceu nesta Sexta-Feira, 25 de Novembro, um dos mais importantes líderes mundiais. Nascido Fidel Alejandro Castro Ruz, mostrou ao mundo que é possível resistir aos impérios, sem se tornar um simples protetorado, mesmo tendo o azar de lhes circunvizinhar, criar seu próprio modo de repartir as benesses (e as dores) dos modos de produção de um país.
O Comandante Em Chefe da Revolução Cubana Faleceu às 22:29´ de hoje., anunciou Raul Castro, em declaração lida na Televisão Nacional; após o solene e breve anúncio, Raul evoca um tonitruante Até A Vitória, Sempre.
Em seguida, como parte do desejo do falecido Fidel, anunciou a sua cremação. Haverá nove dias de luto oficial, segundo se pode ler no Le Monde.
Para entender Fidel, mesmo com todo viés de uma escrita não-isenta (não as conheço!), pode-se ver sua trajetória aqui.
Para entender sua luta, é necessário que se pense no contexto cubano de antes da Revolução. Cuba era o paraíso dos estadunidenses, em todos os aspectos. Um testa de ferro vendilhão, como sempre o são (Fulgência Batista), uma sociedade empobrecida, explorada, vilipendiada, utilizada como bucha de canhão pelos “gringos”. Mulheres “fáceis”, “disponíveis”, “baratinhas, quase de graça”; o que um praça estadunidense haveria de desejar mais? O nome “puteiro” só deixou de referenciar Cuba após a queda do canalha pró estadunidenses.

Fidel, filho de rico fazendeiro, seria responsável pela maior revolução política nas Américas e por mudanças indeléveis no xadrez geopolítico da América latina, na África, Ásia, em todo o globo. Não admira a perseguição implacável advinda do império. A contrapartida é que, ao desafiar o império, outros pagarão com a ‘proteção ideológica’ deste. Os vários golpes militares, tão em moda no ´60 (Chile, Brasil, Argentina, Colômbia, etc.), e, ora, os golpes “com as instituições funcionando”, o que são, senão a garantia de não haver surpresas “antidemocráticas” (além, claro, de umas vantagenzinhas para a Matriz, como sói)? De qualquer modo, não se pode garantir que, sem Fidel ter tornado Cuba uma Nação soberana, não estivéssemos no mesmo atoleiro de ora.

Fidel criou em Cuba o que viria a ser o protótipo de um Sistema Social Universal de Saúde. A medicina mais avançada do mundo não o é por acaso. Garantiu, na prática, a universalização da Educação nos mesmos moldes da Saúde, melhoria de vida dos menos favorecidos, através de mecanismos legais.

Fidel e MandelaMas a luta de Fidel era maior do que Cuba, apesar de muitos obstáculos.

O seu maior legado, é, sem dúvida, ter tornado a bela ilha caribenha um país, mais do que isso, uma Nação. Cuba soberana, apesar da vizinhança nefanda.
Pode se dizer qualquer coisa de Fidel, menos que não amasse seu país. Foi graças à luta do grande líder que Cuba se tornou um local digno, bem distante do lupanar, em todos os sentidos, do testa de ferro Fulgêncio Batista. Sua luta serviu e servirá de inspiração a todos os libertários do mundo, pela luta contra o preconceito (lembre-se do quão importante o foi, na derrubada do Apartheid), a dominação, o servilismo, o o entreguismo, tão comum (e rentável, para alguns), por estas bandas.
Graças a Fidel, hoje é possível ir a Cuba e não se tratar de uma ida às chicas, literalmente.

Por fim, parafraseando um velho adágio do grande mestre, diria: — “Hoje, haverá mais uma estrela no firmamento, olhando, com carinho, para a América Latina. E, com certeza, não se trata de um de seus vendilhões. É a estrela da fidelidade latina…“.
Morre o homem Fidel. Suas ideias, porém, perdurarão enquanto houver a verdadeira humanidade.

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Pe. Landell de Moura, O Rádio E A Lava Jato

Padre Landell de Moura

Pe. Landell de Moura – Fonte: Wikipedia

O dia 21 de Janeiro próximo, a exemplo dos demais, passou despercebido, para a grande maioria dos brasileiros. Bom, não deveria, pois este dia é o marco do nascimento do grande inventor brasileiro, Pe. Landell de Moura, dividindo com Marconi os experimentos em radiodifusão, mesmo que o italiano acabasse ficando com o mérito e com a patente. A história da tecnologia é repleta de “rasteiras” de um cientista sobre outro[s], como no caso do transístor, onde Julius Edgar Lilienfeld fez todas as pesquisas e um grupo de cientistas (pelo Bell Labs: Shockley, Bardeen e Brattain) ‘ficou com os louros’, mas aqui não é o caso. Landell de Moura foi vítima de boicote do próprio país, a exemplo de Cesar Lattes, D. Helder (abertamente boicotado pelos militares, quando da sua indicação ao Nobel da Paz) e outros.

Roberto Landell de Moura é considerado por muitos o precursor do rádio. Tesla e Marconi já haviam feito experimentos, tendo o primeiro tido importância vital no que tange aos fundamentos da radiotransmissão, mas Landell de Moura, foi, contra a mídia da época, contra a igreja, que o taxava de louco e satânico, ameaçando-o de expulsão, caso continuasse com aqueles “experimentos diabólicos”, e contra, principalmente, a falta de incentivo do Poder Público, o verdadeiro inventor do veículo chamado rádio. No Blogue do Nassif há importante artigo, escrito por JNS, muito útil para aprofundamento;

Shokley, Bardeen & Brattain - Source: Wikipedia

Cientistas no Bell Labs, 1948 – Wikipedia

aqui, em pdf, temos também artigo magistral, escrito por César Augusto Azevedo dos Santos, o qual esclarece bastante e informa sobre este grande brasileiro.

Maxwell, Tesla, Marconi, Landell de Moura. Nomes importantes no tocante a um dos veículos que revolucionaram os hábitos da humanidade e confere, ainda hoje, importância vital nos serviços de informação e de urgência, apesar da visão tosca da igreja, vendo “demonismo” onde havia pesquisas do padre e gênio.

Rádio antigo - Wikipedia

Rádio antigo, gabinete de baquelite – Wikipedia

Aí tu me perguntas o que tem a ver a Operação Lava Jato (ou seria Golpe a Jato?) a ver com as pesquisas de Landell de Moura. Tudo! A Lava Jato nos mostra como o boicote ao nosso país acontece aqui mesmo. Não precisamos de inimigos externos, embora os tenhamos ao pé do batente. Os infiltrados fazem o trabalho, desde há muito. Basta ver a postura da Marinha brasileira, ao invés de ajudar o “padre louco”, tripudiou sobre a sanidade deste, enquanto a Marinha italiana colocou ao dispor de Marconi o que fosse possível. Temos uma elite preconceituosa, estúpida, inculta, despreparada e arrogante. Não é de hoje.
O caso da prisão dupla (sim, ele já se encontrava sob custódia do Estado quando Moro, o nosso inquisidor-mor, o re-prendeu) de José Dirceu é motivo de chacota em todo lugar do mundo. Na Espanha, eles dizem alto e bom som à família de Neymar que lá não é como cá. E não o é, mesmo.
Quando Nélio José Nicolai, brasileiro, inventor do Bina, aquele recurso que permite que tu saibas, d´antemão, quem está a ligar, acionou a Ericsson, sueca, sobre seus direitos autorais, a empresa disse, em tom de pilhéria, que ele poderia lhes acionar, pois “quem sabe, assim, um neto dele, Nicolai, veria algum dinheiro“. Será que esta empresa agiria assim na sua pátria nórdica? Duvide-se.

Se não fora tão obstinado, Santos Dumont teria sido o Pe. Landell da aviação e os Irmãos Wright seriam “Os Pais da Aviação”, o que a mídia estadunidense tenta “empurrar” todo dia, nos programas lá gerados (os irmãos Wright têm a patente sobre aviônica, mas, fora dos Estados Unidos, nenhum reconhecimento, pois eles trapacearam. Eles apresentaram um veículo de voo autopropulsor, mas omitiram a utilização de um burrico para o arranque da máquina por eles construída. O mal já estava feito. A patente já estava em seus nomes). César Lattes não ganhou o Nobel de Física por ser brasileiro, dizia-se, a boca miúda. Dom Helder Câmara não recebeu a laureação para o Nobel da Paz graças aos nossos “queridos e patriotas” militares, isto abertamente. Com esta elitezinha, quem precisa de inimigos?

Importante ver o vídeo abaixo. Ele contém denúncia — extremamente séria — sobre como a finalidade da polícia federal (caixa baixa intencional) está sendo conspurcada, em prol de interesses menores e extremamente lesivos ao país: